Recentemente um dos meus amigos enviou-me uma mensagem relembrando um problema bastante interessante e muito fácil. É um problema clássico e como todos os problemas exige um pouco de raciocínio.
Passa-se num restaurante e envolve três amigos que se juntam semanalmente para almoçar. Curiosamente, estes almoços têm levado os amigos a visitar algumas das freguesias deste concelho e até de outros concelhos. O autor deste texto também faz parte do grupo e têm descoberto nas aldeias deste Portugal profundo e esquecido uma realidade impressionante: as nossas aldeias estão cada vez mais desertas. A maior parte dos habitantes são pessoas idosas. Muitas das casas estão fechadas e a degradar-se.
Por outro lado, temos encontrado um povo hospitaleiro, sempre pronto a dar uma informação e também cheio de curiosidade pelos estranhos que passam. Em todo o lado vemos pessoas idosas sentadas nas soleiras das portas ou nos batoréis, espreitando o sol, ou simplesmente esperando que o tempo passe. Também nos apercebemos que existe todo um património antigo, como janelas, grades de varanda, instrumentos de lavoura, moinhos, casas antigas, portas, que vão perder-se e nem a sua memória fica se não se fizer algum esforço na sua recuperação e não houver empenhamento na sua preservação. Mais uma vez aqui a minha costela de origem aldeã a apelar à necessidade da memória que preserva a identidade das nossas aldeias e do nosso povo.
A situação de que o problema trata passou-se num restaurante de uma aldeia a cerca de 14 Km de Castelo Branco, onde os comensais se têm deslocado algumas vezes e onde irão certamente durante muito tempo. A simpatia de quem nos atende, uma bela moça, e a qualidade das iguarias faz com que a deslocação seja sempre um prazer.
Mas aí vai o que se passou numa das últimas comezainas. Embora, como eu já disse também faça parte do grupo, vou fazer a descrição do “evento” na terceira pessoa:
O Francisco, o Carlos e o Manuel foram a um restaurante, onde comeram e beberam até “fartar” (à boa maneira portuguesa) e no final a conta deu 30,00€.
Fizeram o seguinte: cada um deu dez euros...
Francisco: 10,00€
Carlos: 10,00€
Manuel: 10,00€
A empregada levou o dinheiro ao dono do restaurante que disse o seguinte:
- Esses três são clientes antigos do restaurante e, por isso, vou fazer-lhes um desconto. Devolva-lhes 5,00€!
E entregou à empregada cinco moedas de 1,00€.
A empregada, moça esperta, viu logo o caldinho. Não era possível dividir igualmente os cinco euros pelos amigos.
Assim, cheia de iniciativa, fez o seguinte: meteu ao bolso 2,00 € e deu 1,00€ a cada um de nós.
No final, a situação ficou assim:
Francisco: 1 0,00€ - 1,00€ que foi devolvido. Logo, gastou 9,00€.
Carlos: 10,00€ - 1,00€ que foi devolvido. Gastou também 9,00€.
Manuel:10,00€ - 1,00€ que foi devolvido. Gastou igualmente 9,00€.
Logo, se cada um de nós gastou 9,00€, o que os três gastamos juntos foi 27,00€.
E se a empregada meteu ao bolso 2,00€, temos:
Nós…………... 27,00€
Empregada… 2,00€
TOTAL…….... 29,00€.
Agora pergunto eu:
- Onde foi parar o outro 1,00€? Como se lembram nós demos 30,00€, 10,00€ cada um.
Aqui deixo este interessante exercício de raciocínio para vós, ficando mais uma vez à espera dos vossos comentários, sugestões e críticas.
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