O problema que apresento como desafio é clássico e foi adaptado aos tempos que correm. Daí que os valores que constam se apresentem em euros. No entanto, essa questão é a menos importante. Importante mesmo é a reflexão que podemos fazer à volta dele.
O meu amigo João Pedro tem uma livraria em Coimbra. Há cerca de duas semanas,assim que abriu a livraria, entrou lá um senhor com um ar distinto. Escolheu um livro que custava 10 euros e entregou uma nota de 50 euros para pagar. Como não tinha troco, o João Pedro foi ao café em frente para trocar a nota. Voltou, guardou 10 euros na caixa registadora e deu 40 euros de troco ao senhor. Este guardou o troco, pegou no livro que já estava embrulhado e foi-se embora. Minutos depois, o dono do café entra na livraria muito aflito e diz:
- Esta nota de 50 euros que você me deu há bocado é falsa. Ora veja lá!
O João Pedro pegou na nota e examinou-a com atenção. Não havia dúvidas. A nota era mesmo falsa. Por isso, lamentando a sua sorte, teve de devolver 50 euros ao dono do café, o senhor Alfredo.
As pessoas, que estavam na livraria e que assistiram à conversa, ficaram por ali a comentar o sucedido.
- Isto é que foi um prejuízo! - disse a Lena. Foram 100 euros: 10 euros do livro, mais 40 euros que o vigarista levou, mais os 50 euros que tiveste de devolver ao senhor Alfredo.
- Não, não - corrigiu a Paula. Foram 90 euros. Estás a esquecer-te que o João Pedro guardou 10 euros na caixa registadora.
- Nenhuma de vocês tem razão - afirmou o Miguel, um asturiano que lá estava de passagem. O prejuízo foi de 60 euros: 50 euros da nota falsa e 10 euros do livro que ele levou.
A discussão generalizou-se, mas não conseguiram chegar a conclusão nenhuma.
Perguntamos nós:
- Afinal, qual foi o prejuízo do João Pedro?
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